Bastardos Inglórios: Tarantino acerta de novo 13/11/2009
Posted by blogdolevitrindade in Cinema.Tags: Bastardos Inglórios, Brad Pitt, Christoph Waltz, Inglourious Basterds, Quentin Tarantino
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O roteirista e diretor Quentin Tarantino conseguiu mais uma vez. Com um projeto que levou alguns anos para ser totalmente escrito, ele trouxe a sua visão anárquica da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de Inglourious Basterds (Bastardos Inglórios), filme estrelado por Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz e outros talentosos artistas.
Como em alguns de seus projetos recentes, a produção tende a suscitar o amor exagerado ou o ódio extremo dos espectadores. Porém, deixando essa polêmica de lado, vamos direto ao filme.
Em seus 153 minutos de duração, Bastardos Inglórios é um festival de diálogos impagáveis e cenas de violência intensa. Porém, a sanguinolência está mais focada do que em Kill Bill, por exemplo, já que desta vez o cineasta preferiu privilegiar os diálogos e as situações de suspense ou humor.
E haja suspense e humor! Algumas cenas te fazem literalmente grudar na poltrona tamanha a tensão. E as muitas sequências cômicas – que acontecem sem forçação de barra – quebram um pouco o clima, deixando o espectador se sentir um pouquinho confortável, no que acaba sendo uma preparação para cenas de ação e violência de tirar o fôlego!
A trama básica do filme é a seguinte: um grupo de soldados estadunidenses judeus é reunido pra provocar o maior estrago nas fileiras nazistas na França ocupada. E isso é mostrado em cenas bastante fortes.
Do outro lado, uma jovem que sobreviveu ao massacre de sua família, planeja obter sua vingança durante a pré-estreia de um filme alemão em seu cinema. A maioria dos oficiais nazistas importante estarão lá, até mesmo Adolf Hitler.
Ao mesmo tempo, um personagem muito importante e que rouba as cenas em que aparece, o oficial da SS Hans Landa – interpretado com maestria pelo austríaco Christoph Waltz -, tem seus próprios planos e isso pode interferir no desfecho do filme e até mesmo no desenrolar da Segunda Guerra.
Brad Pitt também merece destaque. Sua interpretação do tenente Aldo Raine, um chucrão com um forte sotaque à la John Wayne, é hilária, mas combina perfeitamente dentro do universo criado por Tarantino. E o que dizer da sequência em que ele e seus comandados tentam falar em italiano? É de chorar de rir!
Anárquico e utópico, o longa-metragem não permite que o espectador saia da sala antes do término. E que final!
Outro ponto a favor é a trilha sonora, que utiliza temas clássicos de filmes de faroeste e de guerra (e, por incrível que pareça, uma canção de David Bowie), entrando para o rol das trilhas que ninguém pode deixar de ter em casa.
Parafraseando um fã norte-americano, foi a primeira vez que pude assistir a um filme de Sergio Leone nos cinemas… e não me arrependo nem um pouco.
Se você não foi assistir ainda, está esperando o quê? Um convite do papa? Confira um dos trailers do filme abaixo.